Entrevista com Joan Fontcuberta
“O PHotoEspaña pode ser o embrião do PhotoEuropa”
Por Sérgio B. Gomes
 
Nélson Garrido / PÚBLICO
Neorrealismo - La Nueva imagen en Italia, 1932-1960

Joan Fontcuberta é multifacetado. Mas todas as suas actividades giram em torno da fotografia. É fotógrafo, comissário, ensaísta e professor. Vê a diversidade do festival como um dos seus principais atractivos.

Concorda com o actual modelo do PHE?
Sim. Está confirmado que é eficaz.

O que acha desta estratégia de internacionalização do festival com a abertura de exposições além-fronteiras?
Talvez seja uma consequência inevitável da globalização e também uma maneira de dizer que as fronteiras têm cada vez menos sentido. O PHotoEspaña pode ser o embrião do PhotoEuropa.

A fotografia espanhola ganha ou perde com esta estratégia?
Claro que ganha. Há que ser ambicioso e não provinciano.

Que comentário lhe merece a escolha de Sérgio Mah para comissário das próximas três edições do festival?
Acho que é uma escolha inteligente. Sérgio Mah é um profissional com grandes qualidades e competente que trará, sem dúvida, novas perspectivas ao festival.

Que sugestão faria ao próximo comissário?
Que tente decidir os conteúdos sem a influência de pressões políticas, institucionais ou corporativas.

Acha que a fotografia espanhola esteve bem representada nesta edição?
Sim. A programação deve estabelecer-se segundo critérios de qualidade e não obedecendo a quotas pré-estabelecidas.

 Partilha a opinião de que o PHE devia especializar-se apenas numa área da fotografia?
Não, de todo. Hoje em dia, um dos atractivos do festival passa pela sua diversidade.